Pilrito-de-peito-preto, Pilrito-preto

Calidris alpina

Taxonomia: Ordem: Charadriiformes; Família: Scolopacidae

Estatuto de conservação: Global (UICN): LC (Pouco preocupante); Europa (SPEC): SPEC 3 (Espécie com estatuto de conservação desfavorável, não concentrada na Europa); Portugal (ICNB): LC (Pouco preocupante)

Protecção legal: Convenção de Berna: Anexo II; Convenção de Bona: Anexo II

Tipo de ocorrência: Invernante (I); Migrador de passagem (MP)

Abundância local:Ocasional

Dados biométricos: Comprimento: 16 a 22 cm; Envergadura: 35 a 40 cm; Peso: 40 a 50 g; Longevidade: 20 anos

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Identificação: Trata-se de uma pequena limícola com a dimensão de um estorninho. A plumagem tem tons que variam entre o castanho e o cinzento, mas sem nenhuma marca em particular. O bico é longo e ligeiramente curvado para baixo, sendo mais longo que o do pilrito-pequeno e mais curto que o do pilrito-de-bico comprido. Quando é visto em voo apresenta um padrão comum a outras espécies: risca alar branca e uropígio branco com uma risca central preta. É na Primavera que este pilrito se torna mais “personalizado”, pois quando enverga a plumagem nupcial o ventre preto contrasta fortemente com o branco que cobre as partes inferiores. Uma das características que permite identificar esta espécie, em qualquer época do ano, é o som monossilábico que emite em voo.

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Biologia da espécie:  De distribuição holártica, nidifica em regiões árcticas e subárcticas. Migra para o Noroeste de África e Sudoeste da Europa. Em Portugal é frequentemente observado nos meses de Inverno. Frequenta, principalmente, zonas húmidas costeiras como os grandes estuários e rias que possuem substratos lamacentos que ficam a descoberto na baixa-mar. Pode ainda ser observado em praias abertas de areia. Evita zonas secas pedregosas ou rochosas e locais com densa vegetação ou arbustos altos. Durante a preia-mar descansa em salinas, ilhas ou zonas de sapal. Assim, esta espécie apresenta uma actividade que segue o regime de marés. Esta pequena limícola nidifica em ninhos pouco profundos, no solo, escondidos entre a vegetação. Alimenta-se preferencialmente de insectos, crustáceos, bivalves, poliquetas, gastrópodes e, esporadicamente, pequenos peixes e matéria vegetal.

Curiosidades: A espécie Calidris alpina é uma migradora de longa distância com uma distribuição circumpolar da sua área de reprodução, sendo conhecidas nove subespécies. Ocorrem em Portugal três subespécies (C. a. alpina, C. a. schinzii e C. a. arctica) que integram bandos mistos. Estas subespécies são definidas por características morfológicas (e.g. tamanho e coloração da plumagem) só distinguíveis nas aves capturadas, pelo que as contagens se realizam sobre a espécie. Mais de 62000 indivíduos permanecem em Portugal durante o Inverno e muitas mais aves usam a costa portuguesa durante a sua migração para África.

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