Gallinago gallinago
Taxonomia; Ordem: Charadriiformes; Família: Scolopacidae
Estatuto de conservação: Global (UICN): LC (Pouco preocupante; Europa (SPEC): SPEC 3 (Não concentrada na Europa mas com estatuto de conservação desfavorável); Portugal (ICNB): População nidificante – CR (Criticamente em Perigo), População visitante - LC (Pouco preocupante)
Protecção legal: Espécie cinegética; Convenção de Berna: Anexo II; Convenção de Bona: Anexo II
Tipo de ocorrência: Invernante (I); Migrador de passagem (MP); Residente (R)
Abundância local: Ocasional
Dados biométricos: Comprimento: 25 a 27 cm; Envergadura: 37 a 43 cm; Peso: 80 a 120 g; Longevidade: 12 anos
Identificação: Limícola de dimensão média, com bico direito e comprido, patas curtas e postura agachada. Na parte superior, o tom geral da plumagem é escuro e estriado, numa variada gama de castanhos, sendo a garganta, o abdómen e a parte inferior das asas brancos. Efectua um voo forte, irregular e ziguezagueante é, geralmente, denunciado por um “tchuak” seco e tenso. É ainda característico o mergulho aéreo.
Biologia da Espécie: Limícola fundamentalmente invernante em grande parte da Península Ibérica, existindo uma pequena população nidificante em zonas húmidas continentais do centro de Espanha, Norte de Portugal (Parque Nacional da Peneda-Gerês) e Galiza. Os indivíduos invernantes, em Portugal, distribuem-se principalmente ao longo da orla costeira ocidental e interior sul. Na nidificação utiliza habitats que se caracterizam por possuírem um elevado conteúdo de matéria orgânica, rico em invertebrados. Por esta razão dá preferência a zonas húmidas de altitude, como os matos higrófilos, as turfeiras e lameiros abandonados. Trata-se de uma espécie monogâmica, sendo os ninhos (pequena escavação no solo em zonas de vegetação rasteira) construídos pelas fêmeas. A narceja, na sua actividade crepuscular e nocturna, alimenta-se fundamentalmente de invertebrados, como insectos, crustáceos e gastrópodes terrestres.
Curiosidades: Familiar entre os observadores de aves que frequentam as zonas húmidas, durante o Outono e Inverno, exibindo-se nos locais de reprodução, em sonoras e espectaculares paradas aéreas que faz por merecer o epíteto de “Rainha dos ares”.
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