Dendrocopos major
Ordem Piciformes
Aves de médias dimensões que habitam o meio arbóreo. Bico forte, garras afiadas, rectrizes rígidas e caixa craniana forte. Alimentam-se de insectos xilófagos que capturam perfurando a madeira com os seus bicos e estendendo a língua muito comprida. Vivem em bosques
onde são especialistas em trepar e escavar ninhos em troncos de árvores, na vertical. As penas são coloridas e a maioria dos machos tem a crista vermelha. Com excepção do torcicolo, todas as espécies
desta ordem são residentes.
Taxonomia: Ordem: Piciformes; Família: Picidae
Estatuto de conservação: Mundo (UICN): LC (Pouco preocupante); Europa (SPEC): Non-SPEC (Não concentrada na Europa e com estatuto de conservação favorável); Portugal (ICNB): LC (Pouco preocupante)
Protecção legal: Convenção de Berna: Anexo II
Tipo de ocorrência: Residente (R)
Abundância local: Comum
Dados biométricos: Comprimento: 22 a 23 cm; Envergadura: 34 a 39 cm; Peso: 70 a 90 g; Longevidade: 11 anos
Identificação: Distingue-se das outras espécies de pica-pau por apresentar o ventre muito vermelho, distintamente separado da barriga de cor branca, dos flancos brancos e “limpos” e pelas duas manchas brancas ovais nos ombros. As asas são pretas, com barras brancas. Os machos apresentam uma mancha vermelha na parte posterior da coroa. As fêmeas apresentam a coroa preta sem vermelho. Alterna o voo batido com o planado de asas fechadas, produzindo assim um voo ondulante. Ao aproximar-se dos troncos, o
voo passa de picado a ascendente. Trepa pelos troncos das árvores.
Biologia da espécie: Espécie distribuída desde as florestas boreais até aos bosques mediterrânicos. Em Portugal é abundante e sedentário, com possíveis deslocações de curta distância. Habita bosques muito variados, desde pinhais e carvalhais até bosques ripícolas e grandes parques e jardins, sendo mais raro quando o habitat está muito fragmentado. Pica a madeira em busca de alimento, podendo alimentar-se no solo. No verão alimenta-se, preferencialmente, de insectos que encontra nos troncos e cascas de árvores. Quando chega o Inverno complementa a sua dieta com sementes de coníferas e nozes. Trata-se de uma espécie monogâmica, que escava os ninhos em troncos de árvores ou, raramente, em postes de madeira.
Curiosidades: No início da época de reprodução, esta ave é facilmente detectada pelo seu chamamento semelhante ao rufar de um tambor.
0 comentários:
Enviar um comentário