AVES DE RAPINA Ordens Falconiformes e Accipitriformes
Estas duas ordens contém espécies de dimensões e forma variadas que têm em comum o facto de serem aves de rapina diurnas. Alimentam-se maioritariamente de presas vivas caçadas no solo, água e ar, existindo também espécies necrófagas. São exímias voadoras, de bico forte e dedos com garras poderosas. A família Falconidae destaca-se por reunir espécies com asas pontiagudas, de voo rápido e hábil. Já nos membros da família Accipitridae, as asas são largas com “dedos”, próprias para planar em círculos e deslizar.
PENEIREIRO-COMUM Falco tinnunculus
Taxonomia: Ordem: Falconiformes; Família: Falconidae
Estatuto de conservação: Global (UICN): LC (Pouco preocupante); Europa (SPEC): SPEC 3 (Não concentrada na Europa mas com estatuto de conservação desfavorável); Portugal (ICNB): LC (Pouco preocupante)
Protecção legal: Convenção de Berna: Anexo II; Convenção de Bona: Anexo II; Convenção de Washington (CITES): Anexo IIA
Tipo de ocorrência: Residente (R)
Abundância local: Ocasional
Dados biométricos: Comprimento: 32 a 39 cm; Envergadura: 65 a 80 cm; Peso: F - 220 a 300 g M - 190 a 240 g; Longevidade: 16 anos
Identificação: Falcão de dimensão média, apresenta as asas pontiagudas, a cauda comprida e bico curto e forte, típicos da maioria das espécies deste grupo. A cauda do peneireiro-comum é um pouco mais comprida que a dos seu congéneres, dando-lhe um aspecto mais estilizado. Existem diferenças em termos de plumagem e dimensões entre os machos e as fêmeas desta espécie, sendo a última de dimensões maiores e menos colorida. A fêmea e o macho possuem o dorso cor de ferrugem, bastante sarapintado de preto, com a ponta das asas escuras. A cauda da fêmea é barrada, enquanto o macho apresenta a cauda e a nuca lisas cinzento-azuladas, contrastando bastante com a tonalidade do dorso. O peito do macho é menos barrado, parecendo mais liso que a fêmea. As suas longas e pontiagudas asas permitem-lhe um voo possante, rápido e ágil. A sua cauda é longa e as asas arqueadas em forma de foice. Peneira, frequentemente, com a cauda pendente e aberta como um leque.
Biologia da espécie: Espécie fundamentalmente sedentária bastante comum em Portugal Continental, sendo mais abundante em zonas agrícolas (campos abertos, campos de cultivo, bosques e áreas de salgueiros e vidoeiros) e na periferia de aglomerados urbanos (pode mesmo ser observado em grandes cidades como Lisboa). Geralmente utiliza ninhos abandonados de corvídeos para nidificar, quer estes estejam em árvores, cavidades rochosas ou mesmo edifícios. Caça persistentemente, voando e peneirando de cauda aberta acima do solo. Assim que a sua presa é localizada, “mergulha” a pique para a atacar. Estas presas são, principalmente, arganazes, ratos e insectos.
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