Garça-boieira, Carraceiro

Bubulcus ibis

Taxonomia: Ordem: Ciconiiformes Família: Ardeidae

Estatuto de conservação: Global (UICN): LC (Pouco preocupante); Europa (SPEC): Non-SPEC (Não concentrada na Europa e com estatuto de conservação favorável); Portugal (ICNB): LC (Pouco preocupante)

Protecção legal: Convenção de Berna - Anexo II; Convenção de Washington (CITES): Anexo A

Tipo de ocorrência: Residente (R)

Abundância local: Comum 

Dados biométricos: Comprimento: 48 a 53 cm; Envergadura: 90 a 96 cm; Peso: 300 a 400 g; Longevidade: 15 anos

Identificação: Garça de dimensão média. Plumagem quase totalmente branca, com manchas alaranjadas no dorso e na coroa, sobretudo durante a época de reprodução. O bico é curto e amarelo, tornando-se alaranjado na Primavera. As patas são pretas, mas também se tornam alaranjadas na época de criação. Batimento lento, poderoso e regular das asas, com o pescoço retraído e as patas projectadas. Activa e de grande mobilidade. Voa em bandos pouco ordenados.

Garça-boieira 2

Biologia da Espécie: No Paleártico Ocidental (região zoogeográfica que engloba a Europa, a Ásia Ocidental e o Norte de África) distribui-se predominantemente pela Península Ibérica, Norte de África, Médio Oriente e Sul de França, tendendo a expandir a sua área de distribuição. Em Portugal Continental estende-se, no Inverno, a todo o país recuando para a metade sul durante a época de reprodução. Trata-se de uma garça que não depende particularmente do meio aquático explorando diferentes habitats, desde zonas relativamente secas a zonas húmidas, consoante os recursos alimentares. Possui uma dieta à base de insectos, alimentando-se ainda de aracnídeos, moluscos, anfíbios, pequenos mamíferos e répteis. Acompanha o gado pousando, por vezes, no dorso de bovinos e caprinos. Nidifica em grandes colónias, quer em árvores quer em rochedos do litoral.

Curiosidades: De Inverno a distribuição é mais alargada do que na época reprodutora, devido à dispersão dos indivíduos, que não se restringem às zonas circundantes às colónias. Assim, as zonas de maior abundância da espécie correspondem a locais particularmente favoráveis à alimentação e a áreas próximas de dormitórios. O ciclo diário envolve voos matinais e nocturnos de aproximadamente 60 km entre o sítio onde se alimenta e as zonas húmidas onde descansa de noite. Geralmente indiferente à presença humana. Frequente nas terras lavradas de fresco, acompanhando frequentemente o agricultor enquanto este trabalha o terreno.

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